Data de
lançamento: 14 de
fevereiro de 2014 (1h 38min)
Direção: Stephen Frears
Elenco: Judi Dench,
Steve Coogan,
Sophie
Kennedy Clark mais
Gênero: Drama
Nacionalidades:
Reino unido,
França,
EUA
Sinopse: O filme é baseado em fatos reais. Nos anos
1950, uma jovem irlandesa engravida e acaba sendo enviada para um convento. Lá,
as freiras a convencem a abrir mão de seus direitos sobre a criança, em troca
da expiação do seu pecado. Philomena trabalha duro na lavanderia do convento e
mal pode ver o filho, que é adotado por uma família dos Estados Unidos. Muitos
anos passam e Philomena (Judi Dench)
resolve reencontrá-lo. Um jornalista famoso (Steve Coogan),
também às voltas com questões pessoais, decide investigar a história com a
intenção de vendê-la como matéria para uma
editora. A investigação revela-se mais complexa do que o esperado, envolvendo descobertas
dolorosas, envolvendo conflitos pessoais e dogmas religiosos.
Philomena é um daqueles filmes que
esbarram em você pelo caminho sem qualquer pretensão. O título e a pequena
sinopse nada contribuíram para despertar maior interesse, no entanto, é assim
que nos surpreendemos. O quase nada
anunciado revela-se uma emocionante viagem.
Impossível não
fazer um paralelo entre Philomena e Em Nome de Deus, filme que já resenhei. Ambos
abordam o tema das instituições religiosas, os chamados Asilos de Magdalena. Um
assunto pesado, que causa indignação e estranheza. A austeridade da vida
imposta à protagonista, mesclada à uma boa dose de crueldade vinda de quem
deveria oferecer auxílio e compaixão, traz uma carga de dramaticidade e
densidade difícil de ser digerida. Mesmo assim, o enredo prende a atenção, pois
quem não quer saber o que aconteceu com o filho de Philomena?
O filme conta
com a bela trilha sonora do premiado Alexandre
Desplat, indicada ao Oscar 2014, ao lado de mais três indicações:
Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Roteiro Adaptado. No Festival de Veneza
2013 foram nove prêmios.
Não assista a
esse filme se estiver deprimido, mas apenas se for capaz de disponibilizar
espaço para uma enxurrada de sentimentos conflitantes. Vale o risco!
Cotação: ****